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Conheça o Erico, jovem autista apaixonado por ônibus

Conheça o Erico jovem autista apaixonado por ônibus | Mobilidade Volvo

Uma das limitações do autismo é a dificuldade de lidar com o mundo externo. Érico Carvalho, de 20 anos, superou esse obstáculo através do transporte coletivo.

A partir dos seus três anos, Érico e sua ex-babá Élza Cavali faziam passeios de ônibus frequentemente e ao completar 14 anos, o jovem autista começou a circular sozinho pela cidade. Hoje, ele passa cerca de cinco horas por dia dentro dos coletivos de Curitiba e Região Metropolitana.

O que era hábito acabou se tornando uma paixão. "Eu desço de um ônibus e pego outro, é sempre assim. Gasto quatro passagens por dia no mínimo, e nos finais de semana umas duas", comentou.

O estudante de matemática desfruta o caminho que percorre nos coletivos fazendo amizades. "Conheço sim, é o Erico! Ele pega ônibus aqui quase todos os dias", disse a cobradora Brasília Lima Torres. Além dos funcionários, ele tem amigos passageiros, como a Fátima Pereira da Silva, que lembra com carinho do dia em que ele ofereceu o lugar para ela.

O autismo é um transtorno de desenvolvimento que muitas vezes afeta a capacidade de comunicação e interação com outras pessoas. Por isso, segundo a terapeuta ocupacional Jamily Hamud, é importante estimular a independência dos autistas dentro de suas limitações o máximo possível.

Essa autonomia pode ser incentivada ao tomar banho e se vestir sozinho ou até mesmo ao preparar sua própria refeição e se locomover sem a ajuda de terceiros. "Focando na atividade de mobilidade, mais especificamente, o uso do transporte público, podemos pensar em diversas questões que isso traria ao indivíduo: sua autonomia de ir e vir, sua socialização ao encontrar outras pessoas no ônibus e pelo caminho e sua independência, o que leva a uma melhor qualidade de vida", explicou a terapeuta.

Para as famílias que possuem parentes com o mesmo transtorno e que desejam fazer o uso do transporte público da mesma forma, a terapeuta recomenda o acompanhamento profissional no início. "Devemos pensar sempre na segurança em primeiro lugar. Através do trabalho realizado em conjunto entre terapeutas e a família, podemos possibilitar a essa pessoa uma vida com mais dignidade e independência", concluiu Jamily. Assista o vídeo com essa história completa no nosso canal do Youtube.

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